10 de mar. de 2009

Querido diário...

As vezes eu me lembro de quando eu era criança e de quando era adolescente.
Vivia um mundo á parte onde não existia a tristeza, a rejeitção e a maldade. ( eu era uma adolescente diferente tá)
Mais de treze anos se passaram e eu ainda vivo em outro mundo, um mundo imaginário.
Onde eu sou a princesa, e o principe é perfeito e não como os sapos de hoje em dia.
Bom não sou uma expert em relacionamentos, namorei uma pessoa só em meus 23 anos de vida,
quase namorei uma outra pessoa mas percebia a tempo que ele de principe nada tinha, e que não
valia a pena.Escapei desse ainda bem.
As vezes as coisas que queremos e sonhamos são muito, muito grandes para serem alcançadas
ou talvez nem existam.
Sabe, quando eu era adolescente não ficava me atirando em cima dos meninos da escola como
minhas colegas de sala faziam, por esse motivo me achavam fresca, esnobe e estranha.
Eu não ligava, nunca me importei com isso, na época eu não queria beijar qualquer
babaca que aparecesse, sempre achei que o primeiro beijo tinha que ser muito especial, e de
preferência com a pessoa que eu fosse apaixonada.
Mas na realidade foi uma bela de uma bosta, foi uma droga de um beijo roubado que eu odiei.
Eu tinha 17 anos sério nunca fui precoce e admito isso. Imbecís querendo me beijar não faltava
mas eu não sentia nada por nenhum deles, então não via motivo para beijar nenhum.
Fiquei bem irritada com o traste que roubou meu primeiro beijo, o merda não sabia lógico que
era o primeiro pois na minha época (auhauhaauha) nossa que velha me senti agora, bom
hoje em dia as meninas de 17 anos já deram tudo que tnham que dar até do avesso.
Mas enfim, ele havia estragado a mágia do primeiro beijo, na época eu fiquei frustrada
e brava, achei o beijo mais sem graça que alguém poderia receber.
Mas a raiva passou depois de um tempo, acabei deixando para lá, já que...já era mesmo.
Mesmo assim jams fiquei com uma pessoa que eu não estivesse á fim ou não sentisse
que fosse alguma coisa por ela.
As vezes eu queria ter nascido nos anos 50 ou quem sabe até um pouco antes, pois até hoje
eu penso: O que que eu estou fazendo aqui???? Nessa porcaria de século 21.
Depois de tudo o que escrevi, não surpreendo quem está lendo ao dizer que queria
ter casado virgem de branco e bla bla bla. Mas lógico a vida quase SEMPRE não é como queremos, e a mulher quando se apaixona, ou melhor eu, (não generalizo pois as mulheres de hoje...são descartáveis).
Como estava dizendo quando me apaixono esqueço o resto do mundo, eu apaixonada sou uma merda. Enfim, não casei droga nenhuma, talvez tenha sido até para o meu bem, e a coisa boa é que tenho um filho lindo lindooo inteligente, carinho, tudo que eu mais amo nesse mundo.
Por ele valeram todas as tristezas, os castelos desmoronando, as decepções.
Tudo bem que uma certa época acabei meia revoltada, não queria mais saber de nada, comecei
a beber, coisa que até aí não tinha feito aidna (kkkkkk disse que nunca fui precoce).
Bom, eu me sentia uma burra, e as vezes ainda me sinto por ter a mesma cabecinha oca de
quando eu tinha 13 anos, esperando que a vida vire um filme da Disney.
Muitas vezes chuto o pau da barraca de raiva, mas nada demais, não viro nem nunca viraria
uma vaquinha atirada, isso vai contra minha dignidade, nem jamais fico com alguém só
por ficar, nem bebada (sério serioooo), acho que nem se me dessem alguma substancia alucinógena, e por mais bréga e antiquado que possa ser, eu me orgulho disso.
O único que sabia sobre essa minha alma do século passado era o pai do meu filho, agora
todo mundo :P
Quem me conheceu em balada acha que sou outra pessoa, muitas pessoas se surpreendem
quando conhecem a Carol de verdade. A Carol por fora é outra coisa.
Mas não me machuco mais com o que podem pensar ou dizer sobre mim.
Uns acham que sou cafona, outros bebada louca, alguns acham que sou infantil depende de
como me viram passar por aí. Como diz naquela frase da Clarice: "Posso ser leve como uma brisa,
ou forte como uma ventania,depende de quando,e como você me vê passar."
As pouquissimas pessoas que conhecem a Carol por dentro,sabem sobre
esse meu mal incurável de sonhar com o que nao existe.
Se isso fosse uma doença acho que o nome mais adequado seria: Síndrome de Cinderella.

Agora vou indo,preciso buscar uma coisa, derrumei meu sapatinho da escada quando entrei.