27 de fev. de 2009

7 dias na escuridão

Esses dias ficamos sem luz em casa durante uns 7 dias, aham os homens (ou se é que podem ser chamados assim) os bostas da Eletropaulo só vieram ligar hojeeee a luz de novo.
Imagina ir dormir as nove e meia da noite, não tão cedo quanto ás pessoas que moravam no interior na época do Brasil Colônia, tsc tsc...mas para pessoas que moram na cidade grande em pleno século 21 é consideravelmente cedo.
O pior é a comida que estraga fora da geladeira, o refrigerante quente.
Acordar as 5:00 da manhã para ir trabalhar tateando os móveis pelo quarto para encontrar a roupa que foi separada previamente no dia anterior, passar maquiagem á luz de velas, comer comida fria por causa da preguiça de esquentar no fogão. Sair para trabalhar e ver que você vestiu uma calça toda manchada, e você só percebeu isso á luz do sol quando estava no ponto do ônibus já atrasada.
De todas as sensações terrivelmente desagradáveis a mais marcante é tomar banho gelado á luz de velas.Acho que nem todas as pessoas que vivem em São Paulo nesse novo milênio no ano de 2009 tiveram essa experiência um tanto quanto peculiar.
Vou descrevê-la então...Quando você tira a roupa e sente a água gelada no corpo é como se estivesse tomado uma chicoteada. O cabelo fica meio duro até com condicionador como cabelos que ficam o dia todo no cloro de uma piscina. Me senti como se regressasse no tempo muitas décadas, mais precisamente na época medieval. Mas acho que nessa época as pessoas deviam ser espertas o suficiente para tomar banho gelado de dia.
A única sensação boa nisso é a hora que você fecha a torneira do chuveiro e se enrola na toalha, é como se você estivesse entrando em uma sauna quente.
Agora vestir roupa no escuro, não achar as peças intimas e não poder secar o cabelo com o secador cujo comprimento é quase até a cintura não tem preço ¬¬
Um dia vi uma reportagem na TV sobre ricaços que pagam milhões para entrarem em uma cidade onde eles seriam outras pessoas, viveriam experiências que jamais vão viver em suas vidas cheias de conforto, como trabalhar como garçom, faxineiro, gari... e passar dificuldades financeiras, enfim ter uma vida que considero normal para a minha classificação na faixa social. Essa reportagem é verídica por incrível que pareça, milionários pagam uma pequena fortuna para entrarem nesse local e viverem como a maioria da população de classe média a baixa.
Pensei seriamente em convidar essas pessoas para passarem uma temporada em minha casa. Será uma experiência única e faço um preço camarada viu.
Sério vou abrir uma empresa e vender pacotes turísticos para clientes de todo o mundo.

“Venha passar uma temporada em um país de terceiro mundo, viver com os pais no fundo da casa da avó, trabalhar todos os dias e ainda arranjar tempo para estudar 5 horas por dia e cuidar de criança.
E quem sabe você não tem a grande sorte de ser um de nossos sorteados que ganharam o brinde de “Faça tudo isso sem luz elétrica por 7 dias.

“Uma experiência da qual você jamais se esquecerá, venha e traga á família.
Corra que a promoção é por tempo limitado”