10 de jun. de 2008

Meu trabalho sobre Jornalismo Literário

Caroline Tomassini

Gêneros Jornalísticos-profº Claudio Tognolli

Jornalismo Literário é um gênero do jornalismo, escrito de maneira que usa a narrativa da ficção para descrever um acontecimento real , se aprofundando mais nos fatos e dando um aspecto mais realista e emocionante para quem o lê,sendo comum o uso até de metáforas. Também chamado de Literatura da realidade e Literatura de não-ficção, o Jornalismo Literário permite ao leitor ver,ouvir e até sentir o cheiro do objeto ou cena que esta sendo descrita no texto, atravéz da imaginação.Pois seus textos aproximam-se da literatura.

As técnicas de narração presentes no interior do campo literário podem ressaltar,ilustrar e fortalecer o texto jornalístico ,assim como as técnicas do jornalismo têm subsidiado cada vez mais a própria literatura .

A reportagem,a crônica,o relato ou a simples matéria,aparecem repletas de carências estéticas , através de uma prosa sem brilho,fria opaca e pouco emotiva.

Mas á quem não concorde .O crítoco Dwight MacDonald , chamava o “New Journalism” de “parajornalismo” termo perjorativo que dava, pois ele tinha desconfiança de que os autores do gênero deturpavam os fatos para conseguir um maior efeito dramático.E segundo a perspectiva do jornalismo restritivo,os “literatos” que irrompem com sua atividade no âmbito jornalístico são “intrusos”.Desde a ótica dos criadores “elitistas”,o jornalismo não chegará nunca a ser uma praxe criativa literária ,ou o será só de maneira secundária ou subsidiária..Héctor Anaya diz que : “Se nega aos jornalistas a dignidade da literatura”.Fala que : Não são poucos os literatos e ensaístas – que não querem conceder ao jornalismo a categoria de literatura.Uma velha discussão,não resolvida totalmente,considera que o jornalismo não cumpre os requisitos que poderiam colocá-lo ao lado da Literatura.

Leon Trotsky,certamente sem muitos méritos de autor literário,tentou desacreditar o jornalismo chamando-o de maneira classista “musa plebéia”,e a essa linha trotsquista,talvez sem sabê-lo,filiou-se o poeta e jornalista Renato Leduc,que também denegriu o ofício jornalístico : “Eu não saberia qualificar ou classificar o jornalismo escrito como pseudo-literatura ou como sub-literatura,porém,em todo caso,não me atrevo a qualificá-lo de literatura”.Segundo ele,outro poeta e ensaísta,Salvador Novo,haveria dito que “não se pode alternar o santo ministério da maternidade que é a literatura com o exercício da prostituição que é o jornalismo.”(JeL.A sedução da palavra 2002)

Concordo com os que dizem que o Jornalismo e a Literatura andaram de mãos dadas,de fato essa mistura veio para reforçar os textos noticiosos,para dar uma visão ampla da realidade,para narrar a história com mais emoção.

Manuel Rivas conceituado escritor Espanhol disse: “Para mim[ jornalismo e literatura] sempre foram o mesmo ofício.O jornalista é um escritor.Trabalha com palavras. Busca comunicar uma história e o faz com vontade de estilo”.

E mais adiante acrescenta: “Quando têm valor, o jornalismo e a literatura servem para o descobrimento da outra verdade,do lado oculto, a partir da investigação e acompanhamento de um acontecimento.

Para o escritor jornalista ou o jornalista escritor, a imaginação e a vontade de estilo são asas que dão vôo a esse valor.

Seja uma manchete que é um poema, uma reportagem que é um conto,ou uma coluna que é um fulgurante ensaio filosófico.Esse é o futuro.” ( M.Rivas,1998:23).

_Um pouco sobre o New Journalism_

New journalism quer dizer apenas escrever bem.

É um texto literário que não é inventado, não é ficção, mas que é narrado como um conto,

como uma seqüência de filme. É como um enredo dramático digno de ser

levado aos palcos e não apenas um amontoado de fatos, fácil de ser digerido.

(Gay Talese em entrevista para o Jornal do Brasil -2000)

Na década de 1960 , no auge da contracultura e do movimento Hippie, nasce também, um movimento chamado de “ New Journalism”..Nessa época as redações dos Estados Unidos tinham dois tipos de jornalistas, os que davam os furos de reportagens,e os que faziam reportagens especiais ,chamados de especialistas em reportagens,essa deixava o reporter mais livre para escrever. Muitos jornalistas sonhavam em escrever romances.Afinal dentro de todo jornalista existe um escritor querendo pular para fora.E alguns deles principalmente Tom Wolfe, acreditavam que escrever de uma maneira romanceada era o ponto mais alto a ser alcançado na profissão.E esse movimento deu lugar para jornalistas-escritores,que não se contentavam em escrever apenas uma notícia fria que se encaixava dentro dos moldes do jornalismo convencional ,eram jornalistas que queriam ter a liberdade de escrever fora dos padrões impostos pelas redações jornalísticas , sem toda aquela parafernalha chata a ser seguida,como o lead e outras fórmulas que deveriam ser aceitas como normas para se escrever um texto jornalístico.

Enfim o New Journalism veio para inovar e romper com tudo isso.

Os pioneiros no novo jornalismo, foram Thomas Kennerly Wolfe,Gay Talese, Norman Mailer,Truman Capote,entre outros jornalistas influênciados pela literatura dos romancistas europeus do século 19, Tolstoi , Dickens , Balzac... Deram origem ao estilo “romântico” de escrever a notícia.

Uma das mais famosas obras escritas usando o jeito ficcional da literatura para descrever um fato real foi : “A sangue frio”. Publicado em 1966,escrito por Truman Capote. A história se passa em uma cidadezinha do Kansas e conta a história da Familia Cutter.Seus membros foram amarrados e assassinados brutalmente com tiros no rosto.

Truman foi até o interior do Kansas em Holocomb,entrevistou,conversou com policiais,bandidos ,assassinos, e escreveu sobre o crime de um jeito impressionante, como se estivesse participado das cenas do acontecimento.Truman com suas obras bem escritas e diferenciadas abriu espaço para esse novo gênero,mas infelizmente depois do sucesso do livro A sangue frio, ele entrou em decadência ,tinha medo de não conseguir se superar em um outro trabalho,não conseguia criar mais nada.Nada que se comparasse ao sucesso de A sangue frio.

_Truman Capote_

Truman nasceu em 30 de setembro de 1924, em Nova Orleans, Luisiana, EUA.

Teve uma infância complicada,sua mãe era alcoólatra e cometeu suícidio,seu pai vivia cercado de amantes.Foi mandado para as melhores escolas por seu padrasto,nas quais era chamado de retardado por ter repetido algumas séries.

Irônicamente quando foi levado ao psiquiatra por sua mãe,o médico disse que ele era um gênio.

Quando terminou os estudos aos 17 anos,ele começou a escrever.

É considerado o criador do chamado "livro-reportagem".

Capote morreu aos 60 anos , por causa do uso excessivo de álcool e drogas.

“Não sou um santo. Sou um alcoólatra, um drogado, um homossexual e um gênio. Certamente, poderia ter sido todas essas quatro coisas e ter continuado sendo um santo".

(Truman Capote).

_Tom Wolfe_

Homenzinho excêntrico que só se veste de branco, me lembra um pouco o Willy Wonka da Fantástica fábrica de chocolates..

Ele é afável, extremamente modesto e inquiridor, a ponto de transformar um entrevistador em entrevistado.Sua voz é doce, com leve cantarolado sulista ; seus comentários são irônicos; sua conduta é alegre; ri docemente e com freqüência e, mesmo nessa idade senatorial, é impossível imaginá-lo falando em tom intransigente em um púlpito ou resmungando em alguma espelunca.(descrição de TW.observatório da imprensa)

Tom wolfe nasceu em fevereiro de 1931,em Virginia nos Estados Unidos.

Começou a escrever seu primeiro livro aos 9 anos.

Ele,sempre era o editor dos jornais,tanto na escola quanto na universidade Washington and Lee onde estudou.

Em 1951 fez Graduação e doutorado na Universidade de Yale.

Wolfe teve a oportunidade de trabalhar como professor mas recusou,para seguir sua carreira como repórter.Arrumou um emprego no jornal Springfield Union, de Springfield.

1989 foi contratado pelo the washington post devido a sua falta de interesse pela politica,Wolfe disse: “Eu nunca quis cobrir política, exceto em países caribenhos.

E foi premiado pela reportagem que fez sobre Cuba em 1961,na reportagem ele usava técnicas ficcionais da literatura e daí que foi nascendo o novo jeito de se fazer jornalismo.

Tom se mudou para Nova York e durante uma greve dos jornais nova-iorquinos ele entrou em contato com uma revista chamada Esquire e sugeriu um artigo sobre carros customizados,o editor da revista, Byron Dobell gostou da idéia e se propôs a faze-lo junto com Wolfe,mas Tom Wolf não quis,mandou uma carta em forma literária dizendo como ele gostaria de escrever o artigo .Foi onde marcou sua carreira.

Dobell publicou a carta na revista como artigo, There Goes (Varoom! Varoom) That Kandy-Kolored Tangerine-Flake Streamline Baby , falava sobre carros concebidos para rachas,o artigo causou impacto, alguns amaram e outros detestaram ,mas esse artigo abriu espaço para Wolf publicar seu 1º livro o Kandy-Kolored Tangerine-Flake Streamline Baby ( O carrão de racha floco de tangerina cor de doce), que era uma coletânea de seu trabalho no Herald-Tribune,na Esquire e em outros lugares.

Tom Wolfe chamou isso de novo jornalismo.

Tom enumera os quatro principais procedimentos literários aplicados no New Journalism: 1-A construção cena a cena,onde o autor conta cena por cena da história para proporcionar ao leitor a impressão de estar testemunhando os fatos que estão ocorrendo.

2-O uso de diálogos,torna a leitura mais interessante,prende o leitor.Wolfe diz que “o diálogo realista envolve o leitor mais completamente do que qualquer outro recurso”.

3- O ponto de vista na terceira pessoa,como se participasse da cena e a visse.

*O leitor imagina a cena atravéz dos olhos de um personagem particular ,e tem a “sensação de estar dentro da cabeça do personagem,experimentando a realidade emocional da cena como o personagem experimenta”. (Wolfe 2005)

4- Os detalhes simbólicos.Onde se descreve cada detalhe do personagem como suas roupas,seus gestos e costumes ,e da cena onde se passa o fato como por exemplo a decoração do local etc..Servindo para enriquecer a história.

Wolfe registra tudo,desde as roupas que a pessoa esta vestindo até os simples gestos que ela faz com o corpo.Ele torna o jornalismo excitante.

No posfácio de seu livro, o cronista Joaquim Ferreira dos Santos faz, um comentário bem humarado sobre Wolfe : "Se os Beatles colocaram uma colher de LSD na música, Tom Wolfe pôs um pote no jornalismo.

_Gay Talese_

Filho de imigrantes Italianos Gay Talese,nasceu em 1932, na ilha de Ocean City, Nova Jersey. Entre 1955 e 1965 trabalhou no New York Times na editoria de esportes cuja história narrou em O reino e o poder, e a partir de 1960 tornou-se colaborador de várias revistas, em especial a Esquire onde ficou mais conhecido por escrever perfis de pessoas famosas e pessoas anônimas de Nova York, as quais ele chamava de pessoas que ninguem vê.

“Eu procuro seguir os objetos de minha reportagem de forma discreta,observando-os em situações reveladoras,atento para suas reações e para as reações dos outros diante deles.”(Talese.1966)


Públicou, entre outros livros de sucesso, Honor thy father, história de
uma família da Máfia, e Unto the Sons, com muitas frases e observações, o livro fala sobre a imigração italiana para os Estados Unidos.

Ele se auto define como uma pessoa capaz de fazer ,por acaso,descobertas felizes ou úteis.

Nos anos 50,ele descobriu que os nova-iorquinos piscavam em média 28 vezes por minuto, e que nos dias de chuva menos gente se matava na cidade,mas o movimento do comércio caía 15% a 20%,entre outras descobertas.Talvez essas descobertas não sejam tão úteis mas Gay Talese transforma-as em vida .

Talese tinha um forte espírito de observação fez um perfil perfeito de Frank Sinatra sem sequer entrevista-lo, que encontramos no seu livro : Fama e Anonimato.

Livro que retrata a construção da ponte Verrazano-Narrows, que liga os distritos de Brooklin e Staten Island, em Nova York,para escrever sobre a ponte ele conviveu junto com os operários durante meses, colocava um capacete e se misturava entre eles. O livro também mostra os perfis que Talese fez de alguns famosos como Frank Sinatra, Joe DiMaggio, Peter O’Toole, Floyd Patterson .

Ele descobriu que a cooperação – ou a falta dela – por parte da pessoa a ser retratada não importa muito desde que o escritor possa acompanhar seus movimentos,ainda que á distância.

“Quando Frank Sinatra se dirige para o estúdio, é como se dançasse pela calçada,no trajeto entre o carro e a porta;então estalando os dedos,ei-lo diante da orquestra numa sala acolhedora,isolada e logo ele esta dominando cada homem,cada instrumento,cada onda sonora.Alguns dos músicos já o acompanham há 25 anos, envelheceram ouvindo o cantar “ You make me feel so young”. (Talese.1966)

Para escrever os textos de Fama e Anonimato Talese não usou gravador,assim como outros grandes jornalistas escritores, por exemplo Truman Capote, que mencionei acima, quando escreveu A sangue Frio não usou gravador.

Talese acredita que o gravador pode intimidar o entrevistado, e que o importante é captar os gestos,o tom de voz,e as atitudes da pessoa.

Para Talese não existe a definição “novo jornalismo”. Ele disse em uma entrevista para O Globo em 2004 :O que ele tem de novo? Nada, eu suponho. De que se trata, então? De contar histórias sobre pessoas e lugares da forma mais verdadeira possível, e usando como técnica os métodos narrativos dos grandes escritores de ficção - como os já mencionados Hemingway e Fitzgerald, mas também Gabriel García Márquez, Tolstoi, Marcel Proust e outros mestres da prosa permanente.

_Jornalismo Literário no Brasil_

A própria história do jornalismo brasileiro que,como em outros países nasceu ligado á literatura e á política. Folhetins,criticas literárias e crônicas estavam presentes nos jornais do Brasil no século XIX .No correio Brasiliense primeiro jornal do Brasil já trazia características literarias.Escritores brasileiros e estrangeiros já praticavam o jornalismo acompanhado da literatura sem o saberem.

Euclides da Cunha é tido como precursor do estilo no país,por sua obra Os Sertões que retrata a Guerra dos Canudos,a obra nasceu de reportagens.

Mas o jornalismo literário se desenvolveu mesmo apenas nos anos 60 e 70,atravéz da revista Realidade 1966-1968 , ela era escrita além dos limites da linguagem convencional

usada pela imprensa,suas matérias feitas de forma literária facilitaram sua venda.

A revista Realidade permitiu que a informação ganhasse uma perspectiva abrangente.

Em 1964 com um Estado autoritário e manifestações artisticas e culturais no país a revista viu na situação atual uma fonte de inspiração literaria e jornalística .

“Ao comparar Realidade com outras revistas a maioria dos entrevistados considerou-a melhor ou muito melhor que as demais cerca de 65% gostariam de ler regularmente a revista.”. (Realidade 1966-68 JS Faro)

A revista materializou a utopia do texto independente .

Nesse espaço também surge mais ou menos pela década de 70 o romance-reportagem,o termo “romance-reportagem” pretendia recobrir um conjunto de obras baseadas em episódios reais vazados em uma narrativa que adotava contornos ficcionais.

Graças ao grande sucesso do livro O Passageiro da agonia de José Louzeiromque vendeu em quatro meses cerca de 10 mil exemplares,a expressão se vulgariza rapidamente e passa a ser denominação tanto de um tipo particular de narrativa que mistura literatura e jornalismo ,quanto uma uma das tendências dominantes na ficção brasileira da década de 70.Uma das principais explicações para a existência do romance-reportagem no Brasil foi a ação da censura.Pois o clima de jornal de literatura dos anos 70 foi determinado pela ditadura militar.O romance-reportagem seria o resultado da censura e da repressão do regime ditatorial no campo do jornalismo.

Entre os grandes nomes de jornalistas escritores de biografias estão Fernando Moraes

com suas obras: Olga Benário e Chatô o rei do Brasil, o escritor Ruy Castro,entre outros

excelentes escritores cujas obras são semelhantes as obras de Wolfe e Talese.

“Inteiramente nus e com os corpos cuidadosamente pintados de vermelho e azul,Assis Chateaubriand e sua filha Teresa estavam sentados no chão,mastigando pedaços de carne humana.Um enorme cocar de penas azuis de arara cobria os cabelos grisalhos dele e caía sobre suas costas,como uma trança.” (Chatô.F.Moraes pag 13).

O romance-reportagem constrói seu lugar como um gênero híbrido.Reunindo nessa condição de gênero a força política do jornalismo com a força poética da literatura.

_O Jornalismo Literário no Brasil Hoje_

Existem algumas revistas atuais como a Super Interessante,a Galileu, a revista Piauí,entre outras...que escrevem algumas de suas notícias de forma literária.

A revista Piauí foi pela primeira vez às bancas em outubro de 2006,ela foge da cobertura do noticiário comum.Como disse acima adota a linguagem literária em algumas de suas reportagens. Mas ela ainda não possui um seguimento especifico de leitores.

No ramo acadêmico foi fundada a ABJL Acadêmia Brasileira de Jornalismo Literário.

uma ONG focada no desenvolvimento de metodologias e técnicas que possam contribuir para a melhoria da qualidade da reportagem na imprensa brasileira e para a formação de autores de narrativas de não-ficção.

Seus fundadores são : Edvaldo Pereira Lima professor que já escreveu varios livros sobre o assunto, e também que inventou a proposta do Jornalísmo Literário avançado que incorporando conhecimentos de vanguarda provenientes de vários campos, como a psicologia humanista, a física quântica, a Teoria Gaia, a Teoria Geral de Sistemas.

Junto com Sergio Villas Boas jornalista escritor e Celso Falaschi.Eles ministram também o primeiro curso de pós graduação na área.

_Considerações Finais_

O problema do jornalismo literário no Brasil é que jamais se tentou criar um mercado voltado para esse tipo de leitura .

E também dizem que não á profissionais capacitados para escrever.

“Para completar, é uma indústria situada num país em que 30% da população é de analfabetos absolutos que vivem abaixo da linha de pobreza, e onde 70% da população economicamente ativa não está instrumentalizada para espontaneamente consumir livros – para não falar das políticas públicas, que confundem aquisição de acervos para atualização de bibliotecas com campanhas de doações indiscriminadas de livros descartados. Ou seja, o

Brasil é um dos piores consumidores de livros. E só poderia sustentar um dos piores jornalismos literário do planeta.” ( retirado do texto reproduzido por cultura e mercado-postado no ODI)

Contrariando o trecho acima , em um artigo da revista Intercom,

(Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação),mostra em uma pesquisa feita com leitores,a aceitação do jornalismo literário.Escreveram uma mesma notícia de formas diferentes e perguntaram qual daquelas notícias eles preferiam ler, a forma de leitura que mais os agradou foi a escrita de forma literária,em ultimo lugar ficou o Lead.


Os movimentos que trazem "novo" no nome envelhecem mal. Os jornais nunca gostaram do Novo Jornalismo, e com certa razão, pois é um gênero difícil. E nas revistas de hoje os editores querem textos curtos, simples de ler, sem muita sofisticação, pois acreditam que os jovens têm uma atenção limitada. É um erro: os jovens só têm atenção limitada para as coisas que os entediam. O Novo Jornalismo ainda é praticado em livros-reportagem como Falcão Negro em Perigo, de Mark Bowden, sobre a intervenção americana na Somália. Esses livros usam as técnicas literárias do Novo Jornalismo, embora não sejam mais identificados assim.(11 de maio 2005) Resposta de Tom Wolfe a entrevista concedida a Revista Veja ,quando perguntaram qual era a herança do movimento New Journalism.

Referências Biográficas :

Fama e Anonimato-Gay Talese

Radical chique e o novo jornalismo-Tom Wolfe

A sangue Frio-Truman Capote

Chatô o rei do Brasil-Fernando Moraes

Jornalismo e Literatura-A sedução da palavra-Gustavo de Castro e

Alex galeno

Revista realidade 1966-1968- J.S.Faro

Filme:Capote

Sites: -observatório da imprensa

-Textovivo